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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

AMAZÔNIA. DIA DOS FINADOS.LEMBRANÇAS QUE SE AVIVAM DE NOSSOS ENTES QUERIDOS 


Esta sexta-feira, 02/11/12, é dia dos finados. Dia simbólico em que alguns se voltam a dedicar parte do seu dia a lembrar de pessoas que tiveram grande importância em suas vidas. São pais, avós, tios,  irmãos ou mesmo um conhecido, sem laço de parentesco. 

Muitos vão aos cemitérios durante o dia para limpar os locais das sepulturas, retirar o mato, pintar o túmulo, para que, à noite, acendam velas em homenagens aos seus entes queridos, oportunidade em que reencontram parentes e amigos.

Lembro muito bem em Macapá, quando participava dessa programação juntamente com meus irmãos e minha mãe. Naquela época, anos 1970, participava não porque aquilo representava para mim o que hoje significa, mas por medo de ficar sozinho em casa justamente no dia dos finados.

Meus entes queridos eram um tio, Eno, e minha avó materna Luiza, morta em 1971. Apesar de muito próximos a mim, ainda era criança e não tinha a real dimensão do que aquilo significava. Mas isso mudou, quando em 1991 morreu minha tia, Hilda, que ajudou a criar a mim e meus dois irmãos. 

Posteriormente, em 2001, morreu outra tia, a tia Neide e, em outubro de 2011, minha mãe, Terezinha. Então, o que antes não tinha um significado para mim, passou a ter. Fez com que repensasse o longo lapso temporal que fiquei distante dessas pessoas que tanto representaram em minha vida, e ainda representam, pelos valores que me repassaram, pelo momentos felizes que me proporcionaram e pela proteção que se espera de uma família.

Algumas vezes me questionei sobre se teria valido a pena ter ido morar em outro Estado para concluir meus estudos e em busca de condições materiais que me permitissem ter uma vida mais confortável ao lado da família que construí. 

Se por um lado consegui meus objetivos relativos aos estudos e uma vida material melhor, por outro lado perdi o convívio, por um grande lapso temporal, com pessoas muito importantes em minha vida. Contudo, percebi que a vida vai sendo vivida num processo cíclico de construção em que temos oportunidade de conviver com diversas pessoas, mais ou menos importantes nesse processo. 

O meu ciclo atual, ainda em construção, foi vivido pela minha mãe, e será vivido por meus filhos. Cabe, assim, ter sabedoria para aproveitar e viver intensamente os momentos que temos juntos aos nossos familiares e amigos, para que no futuro não tenhamos que nos questionar se poderia ter sido diferente ou não. Vivamos intensamente, e guardemos conosco essas boas lembranças.














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