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segunda-feira, 16 de maio de 2016

AMAZÔNIA.NOTÍCIAS-16-05-16

GOLPE NO BRASIL: COERÊNCIA X INCOERÊNCIA

Tem sido divulgado no Facebook que os petistas, ou "petralhas" , como dizem os autores desses textos, de forma desrespeitosa, de que está havendo incoerência por parte dos petistas quando reclamam que existem, salvo engano, sete ministros desse governo interino envolvidos na Operação Lava jato. Será que esses autores têm razão?

Vamos aos fatos. Esse processo de impeachment (golpe) teve como sustentação, entre a pessoas que o defendem, de que não aguentavam mais corrupção por parte do Governo Dilma. Ou seja, como eram contra a corrupção, queriam a deposição do Governo Dilma, o que por si só, já demonstra a via errada para supostamente atender a indignação deles, uma vez que não seria por impeachment. Poderia ser aberta CPI, enviar pedido para o PGR, eleição. Menos o impeachment.

Diariamente se manifestavam, mas de forma seletiva. Atacavam ferozmente o governo federal, mas se calavam em relação ao condutor inicial do golpe, o Eduardo Cunha, contra quem já havia divulgação de fartos casos de corrupção. Então, percebi que, na realidade, essas pessoas não eram contra a corrupção, mas tinham objetivo certo, qual seja, retirar do poder, mesmo violando os preceitos constitucionais, uma governante legitimamente eleita.

Passada a etapa do golpe na Câmara dos Deputados, passou-se para o Senado, onde o relator foi o Senador Anastasia do PSDB, ou seja, do mesmo partido que mais lutou para retirar a Presidente Dilma do governo, desde o momento em que foi derrotado na eleição presidencial. Esse mesmo partido que contratou por R$45 mil os serviços de Janaína Paschoal para elaboração de parecer sobre o impeachment.

Pois bem, eis que a Presidente Dilma foi afastada de suas funções por 180 dias. Então, o governo interino assumiu e nomeou sete ministros mencionados na Operação Lava jato. Então, para se cobrar coerência daqueles arautos da moralidade, não somente os petistas, mas outros segmentos da sociedade reclamaram. Pois se o motivo do golpe seria para moralizar o país, os primeiros a não aceitar que esses sete ministros assumissem, seriam aqueles que se diziam contra a corrupção. Mas não. Se calaram, da mesma maneira como se calaram em relação ao Eduardo Cunha, numa demonstração de indignação seletiva.

Agora, quando petistas pedem coerência por parte dos arautos da moralidade, exigindo que esses ministros deixem o governo, aqueles que se diziam contra a corrupção, que queriam moralizar o país, começam a falar que há incoerência por parte dos petistas. Pode isso Arnaldo?




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